A energia reativa é necessária ao funcionamento de uma instalação elétrica, mas precisa atender aos parâmetros estabelecidos pela distribuidora. Caso contrário, você pode receber notificações e multas, terá um prazo para resolver a situação e se enquadrar nos limites.
Quer saber como lidar com a energia reativa excedente para evitar gastos desnecessários para sua empresa?
Vamos colocar a questão com mais clareza em nosso artigo. Siga com a leitura!
Energia ativa e energia reativa
Para começar, é preciso entender a diferença entre esses dois tipos de energia.
Energia ativa
Chamamos energia ativa ao tipo que pode ser transformado em trabalho. Ela é a responsável por fazer um motor funcionar, acender as lâmpadas da casa ou manter o sistema de aquecimento, por exemplo. Observe uma conta de luz apresentada pela companhia enérgica e veja que a energia ativa é medida em quilowatt-hora (kWh).
Energia reativa
Os equipamentos elétricos, como transformadores, geradores, motores e outros, são alimentados pela energia ativa, mas precisam também de outro tipo de energia: a reativa. Ela circula entre os campos elétricos e magnéticos sem produzir nenhum trabalho, a não ser manter esses campos em funcionamento. A energia reativa é medida em quilovolt-ampere-reativo-hora (kVArh).
Uma boa analogia para entender melhor é pensar em um caneco de chope. A parte correspondente ao líquido é a que você realmente ingere, a energia ativa. A espuma do chope ocupa lugar no caneco mas não é ingerida, apesar de necessária para compor a bebida. Ou seja, a espuma tem uma função, quando vem na medida certa, mas não pode ser excessiva. Assim como acontece com a energia reativa.
O que a energia reativa excedente provoca
A energia reativa excedente precisa ser controlada, para evitar consequências indesejáveis como:
- Há perdas mais expressivas na rede elétrica.
- As redes de distribuição podem apresentar mais quedas e flutuações.
- Pode haver aquecimento e quedas de tensão.
- A capacidade dos condutores e equipamentos da rede fica limitada.
Por esses e outros motivos, a distribuidora pode aplicar multas e dar um prazo para que a energia reativa excedente seja controlada e permaneça dentro dos limites estabelecidos.
Nem todos estão sujeitos a essa cobrança. Ela é mais comum nas indústrias, estabelecimentos comerciais, condomínios e residências de alto padrão.
Muitas vezes, a cobrança aparece na conta com denominações diferentes, como “energia reativa excedente”, “reativo excedente” ou “encargo de capacidade emergencial”.
O que fazer para evitar o excedente
O desafio está ligado ao controle do fator de potência, que equivale à relação entre energia ativa e reativa, e vai de 0% a 100%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) determina um fator de potência de, no mínimo, 0,92 (92%). Abaixo disso, o consumidor está sujeito a multa.
Então, como se pode manter o fator de potência dentro do limite estabelecido?
É preciso verificar se há equipamentos ociosos ou superdimensionados, o que pode estar causando energia reativa excedente.
Vários motores de pequena potência também contribuem para um baixo fator de potência, além das lâmpadas que utilizam reatores, como as de mercúrio e as fluorescentes.
Uma boa solução é a instalação de bancos de capacitores. A redução na conta de energia levará à recuperação do investimento em três ou quatro meses. Analise, também, o redimensionamento de equipamentos e a redistribuição de cargas por diversos circuitos.
Essas medidas serão efetivas no controle da energia reativa excedente e resultarão em um menor gasto com a conta de luz.
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